segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Iniciativa de Isadora Faber.


A iniciativa da aluna Isadora Faber, criadora da página "Diário de Classe", a qual denúncia/denunciava as condições precárias de sua escola, muito mais que mostrar a realidade de no mínimo 98% das escolas públicas Brasil a fora, mostra que o Poder Público tem recursos de fato, para promover a revitalização dos prédios escolares que estão em ruínas, o que falta na verdade é boa-vontade e iniciativa de nossos políticos. Graças à ação da menina e a repercussão midiática que o teve, não demorou muito para que professores despreparados fossem trocados, assim como portas, mobiliário, tomadas etc., que estavam em mau estado. É interessante frisar que, a prova de caráter de Isadora está no fato de ela também saber reconhecer os acertos, as qualidades da escola e não apenas criticá-la, mostrando, ou antes, confirmando sua boa índole e preocupação única com condições dignas de estudo.
Se nós, estudantes de todas as esferas do conhecimento (universitários, alunos do Ensino Médio, Ensino Fundamental) nos uníssemos com o mesmo espírito, com o mesmo intuito que levou esta jovem a manifestar sua indignação publicamente, e lográssemos o auxílio da mídia em cobrarmos, de nossos governantes, melhorias reais na educação pública, certamente atingiríamos nosso objetivo. Todavia, além da desunião, existe o desinteresse a fixação, a priorização de assuntos fúteis como futebol e brigas mesquinhas por partidarismos vários, menos em prol daquilo que realmente interessa qual a educação de qualidade, em ambientes dignos.
Acorda Brasil! Povo unido jamais será vencido. Foi assim durante toda nossa História: da Independência ao fim da Ditadura Militar. Só precisamos de bom-senso, caráter, idoneidade, ética moral, vontade de fazer acontecer, de lutar por ideal digno e verdadeiro. O político nada mais é do que um representante do povo, um empregado da população, e como tal deve defender os interesses da maioria, senão de todos, os brasileiros. O voto é uma grande responsabilidade, não podemos agir leviana e egoisticamente quanto a isso: não se trata apenas do teu futuro, mas sim de muitas outras pessoas que estás depositando nas mãos do candidato a que confias a liderança da nação, do estado ou da cidade. É preciso avaliar criteriosamente o temperamento e as qualidades intrínsecas do candidato, assim como se ele fará bem a toda a sociedade, amplamente, e não apenas a um grupo ou a aspectos circunscritos da população. Um grande problema hoje é justamente esta consciência, que não cabe em tão poucas linhas, pois é digna de um trabalho científico, da responsabilidade, do peso, das (in)consequências do ato de votar.
Aristóteles distingue em matéria de governo três tendências-formas, sendo a Democracia, por ele descrita, como a forma na qual o governo é exercido pela totalidade do povo, ou seja, por seus representantes eleitos. A Democracia pode ser dividida em diferentes tipos, sendo a distinção mais importante entre “Democracia Direta” (algumas vezes chamada de Democracia Pura), onde o povo expressa sua vontade por voto direto em cada assunto particular; e a “Democracia Representativa” (algumas vezes chamada de Democracia Indireta), onde o povo expressa sua vontade por meio de representantes eleitos - que é nosso caso.
Necessitamos de leis, de regras, de um governo que as imponha à sociedade para que não vivamos uma entropia. É mais que necessário, sermos conduzidos pelo princípio da igualdade, do respeito, da circunscrição da liberdade individual pela liberdade alheia, isto é, somos livres para fazermos o que quisermos, desde que isso não incomode, interfira, agrida, etc., as demais pessoas. Por isso estas palavras do Papa Celestino I: "O povo deve ser ensinado, não seguido".
No obstante, jamais devemos nos esquecer do poder que detém o povo, de seu direito de lutar e reivindicar melhorias, condições dignas, qualidade, sobretudo, em todos os setores de monta pública, afinal, compreende-se que a finalidade do capital acumulado pelo Estado deva ser proporcionar ao povo bem-estar, e não enriquecer ilicitamente, ou com salários exorbitantes, os políticos...
Pensem! Pensar ainda é de graça! Ainda... 

Farias, M. S. "Inciativa de Isadora Faber". Setembro de 2012http://livredialogo.blogspot.com.br/
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