quinta-feira, 4 de julho de 2013

Vai faltar espaço...

Este artigo é parte do estudo previamente publicado sob o título de "O futuro da modernidade". Ele foi uma das exigências de nossa professora de Química - deveríamos propor uma intervenção. Recomendo que se faça a leitura do referido estudo complementarmente a esta. Boa leitura!

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A fim de que no porvir tenhamos um ecossistema saudável e possamos manter nosso processo de evolução tecnológica, social, et reliqua, acredito que, seja necessário, por parte do governo, promover uma “reeducação” social.
Hoje, a maioria das pessoas possui veículo próprio e, as que não possuem anseiam por tê-lo; é quase que um “luxo”, uma necessidade. Acontece que, o aumento da frota de veículos tem elevado não somente o consumo de combustíveis, qual também do índice de poluentes – Co2, S, SO2 HC, Nox, Co -, além de sobrecarregar as vias de rodagem. Considerando-se as estimativas de que em 2050 a população mundial seja de mais de 9 bilhões de pessoas, um aumento de cerca de 50%, e que isto se aplique também aos automóveis, certamente não haverá estradas suficientes para comportar tamanha frota, além de exigir uma produção de proporções absurdas de combustíveis. Será necessário, portanto, que, se invista em transporte público coletivo e que se obrigue a população a aderir ao serviço, ou então precisaremos aprender a voar...
Pode, no contexto atual, parecer inaceitável o termo “obrigar”, mas, a menos que se descubra uma forma de combustível ou de produção de energia livre de qualquer poluição ou degradação ambiental, tal será necessário.
Para se evitar problemas de superprodução de matéria-prima à indústria de biocombustíveis, o predomínio de monoculturas e a devastação ambiental, os órgãos estatais deverão regulamentar e fiscalizar de forma rigorosa as plantações para esse fim, e garantir que haja um nível de produção de gêneros alimentícios que não prejudique a sociedade, mesmo que, para tanto, seja necessário desenvolver subsídios ou repensar os incentivos à produção agrícola e agropecuária.
Quanto à produção de energia e parte dos biocombustíveis, acredito que se deva investir no uso da biomassa, pois é um meio de se reduzir o acúmulo de lixo ou mesmo, sendo otimista em longo prazo, findar com os lixões, canalizando o recolhimento de resíduos às usinas, onde estes passariam ou pelo processo de pirólise, ou de gaseificação, ou combustão ou co-combustão; quanto à sobra do processo, considera-se que as cinzas não ofereçam tantos riscos ao meio-ambiente, além do que, o uso de biodigestores faria restar apenas adubo.
Há também a possibilidade de fontes alternativas de energia, a exemplo da solar, eólica, maremotriz, energia azul, etc., porém, estas possuem um custo de implantação e manutenção alto, e baixo retorno energético, sendo que a maioria destas possui também alguma desvantagem ecológica.  O uso de biomassa e biocombustíveis é relativamente barato e tem bom retorno energético, sendo que suas desvantagens ambientais podem ser controladas.
A energia nucelar, no tocante a produção de energia elétrica, também é um fator a considerar, porém, aspectos de segurança e controle de proliferação de armamento e resíduos devem ser observados.
O fato é que, remodelar as fontes de produção energia, implica remodelar a economia, pois como já dito, o petróleo “alicerça” o desenvolvimento de nossas sociedades. Esse remodelar, por mais que se busque evitar, terá um custo significativo à economia dos países. Importa, pois, que busquemos, em tempo, investir na reeducação ou mesmo remodelação das sociedades e em novas formas de produção de energia. Os custos, ora, podem ser bem menores do que num futuro não muito distante, caso não haja nenhuma mudança (para melhor).

Farias, M.S. "Vai faltar espaço...". Julho de 2013. http://livredialogo.blogspot.com.br/
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